ATA
DA CENTÉSIMA QÜINQUAGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 05.12.1988.
Aos cinco dias do mês de dezembro do
ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Centésima
Qüinquagésima Quinta Sessão Ordinária da Sexta Sessão Legislativa Ordinária da
Nona Legislatura. Às quatorze horas e quinze minutos foi realizada a segunda
chamada, sendo respondida pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho,
Artur Zanella, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Flávio Coulon,
Frederico Barbosa, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jorge Goularte,
Jussara Cony, Lauro Hagemann, Mano José, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Rafael
Santos, Raul Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Werner Becker e Wilton
Araújo.Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos
os trabalhos e solicitou ao Ver. Ignácio Neis que procedesse à leitura de
trecho da Bíblia. A seguir, a Srª. Secretária procedeu à leitura da Ata da
Centésima Qüinquagésima Quarta Sessão Ordinária, que foi aprovada. À Mesa foram
encaminhados: pelo Ver. Caio Lustosa, 02 Pedidos de Providências, solicitando
que haja fiscalização mais eficiente e freqüente com o descarregamento de carne
de peixe que abastece os estabelecimentos do interior do Mercado Público;
calçamento da Rua Dr. Luiz da Silva Flores, no trecho compreendido entre as
Ruas Dario Totta e Gabriel Mascarello. Ainda, foi apregoado o Pedido de
Autorização nº 16/88 (proc. nº 2619/88). Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nos
02/88, da Comissão Especial constituída para examinar o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 08/88; 02/88, da Comissão Especial constituída
para examinar o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 13/88; 703;709/88,
do Sr. Prefeito Municipal. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal do Ver.
Jorge Goularte, solicitando inversão na ordem dos trabalhos e alterações na
ordem de votação dos processos constantes da Ordem do Dia. Ainda, foram
aprovados Requerimentos do Ver. Hermes Dutra, solicitando que os processos
relativos a auxílios concedidos pelo Executivo Municipal sejam votados na
próxima quarta-feira, e do Ver. Antonio Hohlfeldt, solicitando que o Projeto de
Lei do Executivo nº 112/88 tenha adiada sua discussão e votação por uma Sessão.
Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em lª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 180; 165; 182/88, discutido pelo Ver.
Frederico Barbosa; os Projetos de Lei do Executivo nos 147; 144;
146/88; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº 143/88. Também
pronunciou-se, no período de Pauta, o Ver. Jorge Goularte. A seguir, constatada
a existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e
Votação foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 152;
153; 154; 100; 101; 175/88; o Projeto de Lei do Executivo nº 91/88; os Projetos
de Lei do Legislativo nos 97; 98/85; o Pedido de Autorização nº
14/88, votados em bloco a Requerimento verbal, aprovado, do Ver. Jorge
Goularte. Ainda, foram aprovados os seguintes Requerimentos, solicitando
dispensas de distribuição em avulsos e interstícios para suas Redações Finais,
considerando-as aprovadas nesta data: do Ver. Cleom Guatimozim, com relação aos
Projetos de Lei do Legislativo nos 152; 153/88; aos Projetos de Lei
do Executivo nos 91; 96; 97; 98; 99; 100; 110/88; 123/87; ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 10/88; do Ver. Frederico Barbosa, com
relação ao Projeto de Lei do Legislativo nº 154/88; do Ver. Jorge Goularte, com
relação ao Projeto de Lei do Legislativo nº 175/88; ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 02/88; do Ver. Valdir Fraga, com relação aos
Projetos de Lei do Legislativo nos 97; 98; 100; 101/85. Estes
Requerimentos foram votados em bloco a Requerimento verbal, aprovado, do Ver.
Jorge Goularte. Após, o Sr. Presidente apregoou Oficio do Sr. Prefeito
Municipal, solicitando a retirada do proc. nº 1687/88. Na ocasião, o Sr.
Presidente respondeu Questões de Ordem dos Vereadores Antonio Hohlfeldt e
Clóvis Brum, acerca do Ofício do Sr. Prefeito Municipal, anteriormente referido
e da situação em que ficariam os funcionários da Secretaria Municipal de
Cultura caso fosse aprovada a solicitação de retirada do processo nº 1687/88.
Após, por solicitação do Ver. Clóvis Brum, foi efetuada nova verificação de
“quorum”, registrando-se as presenças dos Vereadores Aranha Filho, Artur
Zanella, Caio Lustosa, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Frederico Barbosa, Gladis
Mantelli, Jorge Goularte, Mano José, Nereu D’Ávila, Werner Becker e Wilton
Araújo. Constatada a inexistência de “quorum”, o Sr. Presidente levantou os
trabalhos às quinze horas e doze minutos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelo Ver. Artur Zanella e secretariados pelos Vereadores Gladis
Mantelli e Jorge Goularte, o último como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Gladis
Mantelli, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após
distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e por mim.
O SR. PRESIDENTE: Havendo “quorum”, declaro abertos os trabalhos da presente Sessão.
O SR. JORGE GOULARTE: Sr. Presidente, requeiro a inversão dos trabalhos,
sendo a Pauta apreciada em primeiro lugar, e, posteriormente, quando na Ordem
do Dia, sejam votados em bloco os seguintes Projetos: PLL 152/88, PLL 021/88,
PLL 153/88, PLL 154/88, PLL 097/85, PLL 098/85, PLL 100/85, PLL 101/85, PLL
175/88, PLE 091/88 e PA 014/88.
O SR.
PRESIDENTE: Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
HERMES DUTRA: Sr. Presidente, queria
adendar, se o Ver. Jorge Goularte concordasse, que o processo constante do
outro avulso, que trata do Plano de Subvenções, não fosse deixado para votação
na quarta-feira, em função do acerto que houve aqui por causa do problema com
as Emendas, já que não houve forma de se chegar ainda à redação, já há
consenso.
O SR.
PRESIDENTE: Em votação o Requerimento
do Ver. Hermes Dutra. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
1ª SESSÃO
PROC. 2473/88 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 180/88, do Ver. Artur
Zanella, que determina a comercialização das lojas dos Centros Comerciais da
Vila Restinga.
PROC. 2605/88 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 147/88, que altera a Lei
5.595, de 04 de julho de 1985, que instituiu o Vale-Transporte, e dá outras
providências.
PROC. 2160/88 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 165/88, do Ver. Artur
Zanella, que revoga cobrança de infra-estrutura de conjuntos habitacionais,
regularizados pelo DEMHAB.
PROC. 2501/88 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 144/88, que autoriza
doação de imóvel ao Clube Uruguay de Porto Alegre e dá outras providências.
PROC. 2502/88 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 182/88, do Ver.
Frederico Barbosa, que autoriza o Executivo Municipal a instituir a eleição
direta para o cargo de Diretor do Atelier Livre da Prefeitura e dá outras
providências.
PROC. 2524/88 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 146/88, que autoriza
permuta de imóveis e dá outras providências.
2ª SESSÃO
PROC. 2476/88 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 143/88, que altera
redação de dispositivos da Lei nº 6.151, de 13 de julho de 1988, e dá outras
providências.
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Artur Zanella.
O SR. FREDERICO BARBOSA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, depois de um longo
período sem vir a esta tribuna, retorno, neste final de mandato, para comentar,
no primeiro dia de Pauta, o que será, provavelmente, o meu último Projeto de
Lei encaminhado ao Plenário desta Casa e que tenho esperança - praticamente
certeza - de que o Plenário aceitará o Requerimento que estou encaminhando à
Mesa, de urgência, para que este Projeto possa ser votado ainda antes do dia 15
do corrente mês, quando termina mais esta Sessão Legislativa. Este Projeto de
Lei autoriza o Executivo Municipal a instituir a eleição direta para o cargo de
Diretor do Atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, vinculado à
Secretaria Municipal de Cultura, e tem o objetivo de atender à solicitação que
8 professores fizeram, no dia 14 de março do corrente ano, às l5h30min, ao Sr.
Prefeito Municipal de Porto Alegre, que também termina seu mandato, Dr. Alceu
de Deus Collares. Após isto e não tendo sido atendido para o encaminhamento de
uma eleição que oficializasse a eleição direta para a direção do Atelier Livre,
o grupo de professores - mais de 20 professores e funcionários - encaminhou um
pedido a alguns Vereadores, inclusive, se não me falta a memória, também ao
Ver. Antonio Hohlfeldt, Líder do PT nesta Casa, para que se legislasse no
sentido de fazer voltar aquilo que fiz enquanto fui Secretário de Educação, nos
7 meses, em 1985: criei e determinei que, pela primeira vez, se elegesse o
Diretor do Atelier Livre de Porto Alegre, eleição esta que foi feita. A
Diretoria eleita eu tive o prazer e a honra de conhecer após a eleição e, com
ela, tive a oportunidade de conviver por longo tempo, sabendo de sua
competência, eis que competência existe em todos aqueles que trabalham no
Atelier Livre de Porto Alegre. Após deixar a Secretaria de Educação e Cultura,
à época, e retornar a esta Casa, vi, entristecido, que a administração atual
assumiu o Governo, pregou democracia e cancelou a eleição direta para o Atelier
Livre de Porto Alegre, feita por este Vereador, segundo alguns, Secretário da
Educação na época da ditadura, com a herança de 20 anos, e outras coisas mais
que se diz muito aí por fora e que não se realiza, na prática. Após algum
tempo, a “Zero Hora” do leitor, através de uma pessoa que desconheço, Fernando,
mas não lembro o sobrenome, denunciava ao público de que na época da ditadura
se fazia eleição no Atelier Livre, e na época da democracia se cortava a
eleição. Tudo isso, reunido, me encorajou a entregar ao Plenário uma legislação
que autoriza o Executivo a firmar, definitivamente, a eleição para diretor do
Atelier Livre de Porto Alegre, nos moldes da legislação votada por esta Casa,
que elege também a direção dos estabelecimentos escolares vinculados à
Prefeitura Municipal, e chamada à atenção pelo digno Auditor-Geral desta Casa,
que diz em seu Parecer: “Lembramos que antes da vigência da atual Constituição
Federal, no nosso Município, foi editada a Lei Municipal 5.693, de 23 de
dezembro de 1985, que autorizou o Executivo Municipal a instituir a eleição
direta para os cargos de diretor e vice-diretor das escolas públicas
municipais”; legislação absolutamente igual, ou seja, autorizando o Executivo e
a atitude foi tomada pelo Executivo e as eleições estão sendo realizadas para
as direções das escolas. É um apelo que faço ao Plenário, para que aceite o
Requerimento de Urgência, para que votemos antes do final do ano, a
determinação de que o Executivo terá de, democraticamente como pregou, eleger o
diretor ou a diretora do Atelier Livre; segundo lugar, tenho convicção, apesar
de não estar em Plenário, de que contarei com o apoio integral do Ver. Antonio
Hohlfeldt, autor da legislação que instituiu as eleições nas escolas, e que já me
antecipou que o PT pretende realizar, com ou sem legislação, a eleição para o
Atelier Livre.
Acho que
não podemos, apesar de ser suspeito, por ser o autor da legislação, deixar
escapar esta oportunidade antes de 15 de dezembro, e estabelecer, definitivamente,
um regramento para a eleição do Atelier Livre de Porto Alegre, equipamento dos
mais importantes para a nossa Cidade. Desconheço quem será o Secretário de
Cultura nomeado pelo Prefeito eleito de Porto Alegre; certamente será alguém
com competência para dirigir uma área tão sensível, de uma Capital tão
importante como Porto Alegre. Mas tenho certeza de que contarei, independente
do nome de quem irá para a Secretaria, e quando este Projeto for votado, daqui
a alguns dias, provavelmente já esteja indicado o Secretário, tenho absoluta
convicção de que contarei, também, com o futuro titular, o apoio para este
Projeto. E aproveito que o Ver. Antonio Hohlfeldt passa pela sala, para só
ratificar o que disse: que tenho convicção, Vereador, de que contarei com o
apoio de V. Exa. para o Projeto em Pauta, de instituição de eleição direta para
a direção do Atelier Livre de Porto Alegre, porque conheço muito bem V. Exa. e
tenho absoluta certeza de que o PT ira cumprir com algumas de suas promessas,
pelo menos algumas, entre as quais, a de dirigir a Cidade democraticamente e
não prometer - que nem o atual Prefeito - que cancelou a eleição do Atelier
Livre, modestamente instituída, à época, por este Vereador, como disse, no
final do regime ditatorial, segundo alguns, e que ousou, mesmo assim, abrir
para os funcionários e professores do Atelier Livre uma eleição para que
dirigissem aquele equipamento, já que eu, como Secretário de Educação e
Cultura, não me sentia capacitado para dirigir, diretamente, aquele equipamento,
mas sim achava que aqueles que lá trabalhavam tinham competência para dirigi-lo
diretamente, isto sim, sob a orientação política do Secretário. Por isso,
indiquei que a eleição estava liberada para que, na época o Prof. Bicca
Pimentel, o Tatata Pimentel, autorizasse a eleição do Atelier Livre.
O Sr. Antonio Hohlfeldt: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Agradeço a oportunidade de intervir no seu discurso, em primeiro lugar, para
dizer que, na época, fui um dos que incentivou esse comportamento do Atelier em
relação aos professores, porque era absolutamente favorável. Tanto era
favorável, que apresentei aqui o Projeto de Lei da eleição direta em relação
aos diretores de escolas, e entendo que o Atelier Livre está, exatamente, no
mesmo nível. Por uma interpretação, posteriormente, a Sra. Secretária Municipal
de Educação entendeu que não cabia a aplicação desta Lei aos CIEM’s e ao
Atelier. No segundo momento, voltou atrás em relação aos CIEM’s, tanto que eles
têm feito, um ano após a sua criação, as eleições, e não voltou atrás em
relação ao Atelier, a não ser quando pretendeu tirar da direção a Profª Ângela
Souza, esposa do Dep. Carlos Augusto de Souza e, ao que parece, não se davam
muito bem. Daí foi quando nós defendemos que, naquele momento, a Profª Ângela
fazia um excelente trabalho à frente do Atelier, inclusive viabilizando as
festividades de aniversário do mesmo. Agora eu já disse a V. Exa., eu havia
sido procurado para apresentar este Projeto e, na ocasião, estava envolvido com
a campanha e não tinha condições e V. Exa. disse que tinha entrado o projeto.
V. Exa. tem todo o meu apoio não só na votação no Plenário, pois é uma questão
de coerência, como também na defesa do Projeto, uma vez homologado pelo
Prefeito, seja pelo Prefeito Collares, seja pelo Prefeito Olívio Dutra, a
partir de janeiro, no sentido de que realmente haja esta prática. Eu entendo
que o Atelier é uma escola como todas as demais do sistema, seja integrada à
cultura ou à educação e, da mesma forma como o Ver. Valdir Fraga ao final de
1985 teve a grandeza de defender dessa tribuna o meu Projeto de Lei, que hoje é
a Lei, eu quero também cumprimentar V. Exa. e dizer que V. Exa. terá também o
meu voto sem problema nenhum, porque este é um bom projeto e isso é o que nos
interessa e realmente tornar a administração mais aberta e mais democrática
possível.
O SR.
FREDERICO BARBOSA: Muito obrigado,
Vereador, e eu ousaria em antecipar o que V. Exa. veio a dizer no seu aparte,
porque sabia da coerência de V. Exa., e até digo mais, o próprio Projeto diz,
no art. 4°, que a regulamentação da eleição será por Decreto do Executivo
Municipal, 60 dias após a vigência desta Lei, portanto, remete para o Governo
do PT, remete para o futuro Prefeito para que regulamente e estabeleça o
critério de eleição direta e nada mais. Critério este que será depois elaborado
pela futura administração pelo prazo de 60 dias, conforme uma regulamentação
que deverá ser feita. Por isso agradeço a manifestação de V. Exa. e tinha
absoluta certeza e não seria outra. Há seis anos aqui estive convivendo com V.
Exa. tenho a consciência de que V. Exa. agiu corretamente e isso posso atestar
até o último dia de mandato em que estive ao lado de V. Exa.
O Sr.
Raul Casa: V. Exa. permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Como este Projeto de autoria de V. Exa. e que merece
o nosso respeito, eu gostaria ainda de acrescentar que o Projeto das ciclovias,
em cujo conteúdo que V. Exa. teve a sua autoria minimizada ou deixada no
anonimato como objetivo, eu gostaria de reiterar que ciclovias em Porto Alegre
é com o Ver. Frederico Barbosa.
O SR.
FREDERICO BARBOSA: Muito obrigado,
Vereador, eu encerro, Sr. Presidente, e não sendo um assunto em Pauta eu só
posso afirmar ao Plenário que, antes do dia 15 de dezembro, eu voltarei a falar
sobre o episódio de 13 anos de lutas sobre ciclovias e, segundo o Ver. Raul
Casa, minimizados, agora, pelo aparecimento dos salvadores das soluções
cicloviárias de Porto Alegre. Eu ousarei contar a verdade com a documentação
toda que, certamente na última vez em que expus, saiu da tribuna com o Ver.
Jorge Goularte. E estão todos os projetos protocolados, elaborados pelas
administrações anteriores. Agora certamente se eu colocá-los na tribuna eles
vão daqui ao estacionamento. Todos os projetos cicloviários estão elaborados,
nada existe de moderno, nada existe de novo, a não ser o que já existe a mais
tempo elaborado pela última administração Guilherme Socias Villela e agora na
boca do povo, através dos salvadores da bicicleta em Porto Alegre. Muito obrigado.
O SR. HERMES DUTRA: Um brevíssimo aparte.
O SR. PRESIDENTE: Se for breve.
O Sr. Hermes Dutra: Serei breve. É só o seguinte Vereador: eu esses dias tentei
desesperadamente ligar para um canal de televisão onde havia, onde se
entrevistava um futuro Vereador, mas não consegui linha, não havia jeito de
entrar, porque esta Cidade parece que ela não tem memória, e eu fico
impressionado como se colocam inverdades na rua e que se tornam verdades.
Aliás, não é só em relação a esse caso de V. Exa., é em geral. Eu fico
verdadeiramente abismado com o que acontece nesta Cidade, neste Estado, neste
País, com as inverdades, é impressionante. Eu ainda ontem ouvia que o Prefeito
Jânio Quadros fez um negócio e olha eu não tenho nada que ver com o Jânio, ele
mandou aumentar os funcionários pela OTN, desde que a receita desse Município
subisse nesse patamar. Eu acho uma medida excelente essa e acho que deveríamos
tomar em Porto Alegre, para garantir o pagamento em dia. Pois estariam dizendo
na televisão que isso era uma barbaridade que ele inventou isso agora só para
ralar com o Prefeito que está entrando, quando não é verdade, ao contrário
garante a receita. Em relação a V. Exa., Vereador, é isso mesmo, mas se console
Sr. Vereador que a história, na verdade, ela se repete. Ninguém reinventa a
História.
O SR.
FREDERICO BARBOSA: Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Próximo orador inscrito em Pauta, Ver. Jorge Goularte.
O SR. FREDERICO BARBOSA: Senhor Presidente e Srs. Vereadores, em Pauta o Projeto
deste Vereador, que denomina Rua Dr. Sérgio Schapoval um logradouro público de
Porto Alegre. Na placa constará “vítima da violência urbana”. Para quem não
sabe ou para quem esqueceu, porque a comunidade esquece com a facilidade muito
grande, esse cidadão é um engenheiro de 42 anos que foi puxado por seu
automóvel na esquina da Ramiro com a Protásio Alves, à luz do dia e assassinado
junto à calçada. Porto Alegre está entregue à sanha dos marginais. Porto
Alegre, a cada dia que passa, aumenta a insegurança e o descalabro no que
concerne à segurança da população. Um amigo meu foi derrubado, assaltado e
cortado no rosto na esquina da Borges de Medeiros com Andrade Neves numa
sexta-feira ao meio-dia. Os senhores podem ver como está esta Cidade. E fica
tudo por isto mesmo. Quando este Vereador apresenta um Projeto visando à
descentralização da segurança pública criando nos bairros centros integrados de
serviços essenciais com postos policiais, postos de saúde pública, telefone
público, sanitário público e transporte, o Sr. Prefeito Municipal veta e ainda
bem que esta Casa derrubou o Veto. Se o Prefeito Olívio Dutra quiser dar a esta
Cidade um pouco mais de segurança, pode aproveitar este Projeto,
descentralizando a segurança pública. Essa história de dizer que tudo depende
do social, que a questão é causa e não efeito, é bonito para se dizer em
discursos de palanque. Se fosse assim todo pobre seria ladrão, o que não é
verdade. Há nas vilas populares gente decente que luta para sobreviver. Estas
manifestações que faço, as derradeiras nesta Casa, sempre voltadas para a
população e para a segurança da população, para o bem-estar do povo de Porto
Alegre. Espero que o Prefeito Municipal, o eleito, utilize este Projeto e mais
ainda, utilize os postos de atendimento comunitário, que são guaritas no Centro
de Porto Alegre que darão maior segurança à população e darão também condições
aos turistas, porque terão informações sobre ruas, sobre o destino das pessoas
e proporcionará um maior conforto à população de Porto Alegre. No que concerne
à segurança pública, também tem um Projeto que visa a criar, nos postos de
gasolina, postos policiais, entrando os proprietários de postos com a área
física e o Estado com o pessoal, porque os postos teriam vantagem por ter uma
segurança particular ao próprio posto, e a população do entorno teria segurança
para esta população, e os motoristas e proprietários de táxis teriam segurança
na identificação do passageiro, no período noturno, que é outro Projeto deste
Vereador. Por isso, visando à segurança e para que não haja mais ou que
diminuam, pelo menos, os assaltos às residências, as mortes estúpidas como esta
do Dr. Sérgio Schapoval, é que fiz este Projeto, colocando como um marco em
relação à violência urbana – “vítima da violência urbana, Dr. Sérgio
Schapoval”. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Havendo “quorum”,
iniciaremos a apreciação dos projetos, lembrando os Srs. Vereadores que a
votação deverá ser em bloco, tendo em vista Requerimento do Ver. Jorge Goularte,
já aprovado nesta Sessão.
Passamos à
ORDEM DO DIA
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC.
1973/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 152/88, do Ver. Jaques Machado, que denomina Rua Humberto
Albino Bianchi um logradouro público.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator Ver. Nei Lima: pela aprovação.
PROC.
1978/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 153/88, do Ver. Artur Zanella, que denomina Rua Luiz Carlos
Pinheiro Cabral um logradouro público.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator Ver. Nei Lima: pela aprovação.
PROC.
2003/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 154/88, do Ver. Frederico Barbosa, que denomina Rua Padre
Paulo Englert um logradouro público.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator Ver. Nei Lima: pela aprovação.
PROC.
2019/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 091/88, que declara de utilidade pública o Clube de Mães
Santa Bárbara. Urgência.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Werner Becker: pela aprovação;
- da CEC. Relator Ver. Clóvis Brum: pela aprovação.
PROC.
2065/85 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 097/85, do Ver. Valdir Fraga, que altera designação de via
pública.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator Ver. Nei Lima: pela aprovação.
PROC.
2066/85 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 098/85, do Ver. Valdir Fraga, que altera designação de via
pública.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator Ver. Nei Lima: pela aprovação.
PROC.
2068/85 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 100/85, do Ver. Valdir Fraga, que altera designação de via
pública.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Werner Becker: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator Ver. Nei Lima: pela aprovação.
PROC.
2069/85 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 101/85, do Ver. Valdir Fraga, que altera designação de via
pública.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Werner Becker: pela aprovação;
- da CUTHAB. Relator Ver. Nei Lima: pela aprovação.
PROC.
2377/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/88, do Ver. Jorge Goularte, que denomina Rua Eng° Sérgio
Schapoval um logradouro público.
Pareceres:
- da CJR. Sem Parecer;
- da CUTHAB. Sem Parecer.
PROC.
2014/88 – PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO Nº 014/88, de Convênio que entre si fazem o Município de Porto Alegre e a
Sociedade Beneficente Esperança.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;
- da CFO. Relator Ver. Jorge Goularte: pela aprovação;
- da COSMAM. Relator Ver. Hermes
Dutra: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação os Projetos.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.
O SR.
JORGE GOULARTE: Sr. Presidente,
requeiro a votação em bloco dos Requerimentos que a Mesa vai apregoar logo a
seguir.
O SR.
PRESIDENTE: Em votação o Requerimento
do Ver. Jorge Goularte. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa vai apregoar os seguintes Requerimentos, solicitando dispensas de distribuição em avulsos e interstícios para suas Redações Finais, considerando-as aprovadas nesta data.
- do Ver.
Cleom Guatimozim, com relação aos Projetos de Lei do Legislativo n° 152/88 e do
Executivo n° 091/88;
- do Ver.
Jorge Goularte, com relação ao Projeto de Lei do Legislativo n° 175/88;
- do Ver.
Artur Zanella, com relação ao Projeto de Lei do Legislativo n° 153/88;
- do Ver.
Frederico Barbosa, com relação ao Projeto de Lei do Legislativo n° 154/88;
- do Ver.
Valdir Fraga, com relação aos Projetos de Lei do Legislativo n° 100/85, 101/85,
097/85 e 098/85.
Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.
Serão
colocados, também, em votação em bloco, os Requerimentos, solicitando dispensas
de distribuição em avulsos e interstícios para suas Redações Finais,
considerando-as aprovadas nesta data:
- do Ver.
Cleom Guatimozim, com relação aos Projetos de Lei Complementar n° 010/88 e de
Lei do Executivo nos 096/88, 097/88, 098/88, 099/88, 100/88 e
110/88;
- do Ver.
Jorge Goularte, com relação ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo n°
002/88.
Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.
PROC. 2189/88 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO N° 112/88, que concede
contribuição à Associação dos Servidores da Secretaria do Planejamento
Municipal, e dá outras providências. C/Emenda.
Pareceres:
- da CJR. Relator Ver. Caio Lustosa: pela aprovação, com a Emenda;
- da CFO. Sem parecer; e
- da CUTHAB. Sem parecer.
O SR.
PRESIDENTE: Sobre a mesa,
Requerimento de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, solicitando o adiamento da
discussão e votação do PLE n° 112/88 por uma Sessão. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Srs.
Vereadores, acaba de entrar um ofício do Sr. Prefeito Municipal, pedindo a
retirada do Projeto de Lei que cria a classe de cargos de técnicos de cultura.
Informa o
Sr. Prefeito, que pede a retirada, tendo em vista que a criação de cargos
proposta, na época, já está incluída no Plano de Carreira dos Funcionários
Municipais, conforme manifestação da Secretaria de Administração.
Vou colocar
em votação esta retirada, visto que, por Requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt,
o Processo em questão está incluído na Ordem do Dia por força do art. 44 da Lei
Orgânica Municipal.
A citação
do ofício é geral para todos os Srs. Vereadores. Fiz questão de definir bem a
que processo estamos tratando.
O SR.
ANTONIO HOHLFELDT (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, tenho uma única preocupação. V. Exa. participou como eu, assim
como a maioria das Lideranças da Casa, da negociação envolvendo a situação da
Secretaria de Cultura quando extemporaneamente, de uma hora para outra, se fez
com que todos os professores retornassem à SMED e isso geraria uma série de
conseqüências dentro da cultura. Os professores que aí permaneceram conseguiram
uma salvaguarda jurídica que, ao que eu saiba, tem duração até o final do ano.
Com o que, eles estão recebendo, normalmente, seus salários, dentro dos níveis
dos demais companheiros professores. A retirada desse Projeto pode ou não gerar
- e aí a minha dúvida – novo impasse com esses funcionários. De maneira que a
minha preocupação e, eventualmente, a minha sugestão, Sr. Presidente, seria de
que antes que decidíssemos isto em Plenário, se pudesse fazer um contato com o
gabinete do Sr. Prefeito, com a Secretaria de Governo, para saber a situação
dos funcionários. Por que eu tenho a preocupação não é por eu ter um
Substitutivo, porque isto para mim é de menos, mas é que este Substitutivo visa
a resguardar o interesse desses funcionários que vêm respondendo pela
Secretaria de Cultura, aliás, criada pelo próprio Prefeito.
O SR. PRESIDENTE: Bem, o Ofício não deixa nenhuma margem de dúvida. Se existirem 17 Srs.
Vereadores em Plenário o Ofício do Sr. Prefeito deverá ser votado.
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, inicialmente havia um Requerimento do
Ver. Jorge Goularte, aprovado pelo Plenário, que colocava uma prioridade na
votação da Ordem do Dia. Ficou pendente para cumprir aquele Requerimento um
Projeto de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, o Processo 0491/88 que, segundo
orientação da própria Secretária dos trabalhos da Casa, diligenciou no sentido
de que se retirasse daquela votação em bloco para votar-se agora.
O SR.
PRESIDENTE: Efetivamente, como tinha
Emendas e Declaração de Voto, inclusive, que não foram nem distribuídas,
estávamos, neste momento, vendo de que forma colocaríamos esta votação, quando
entra esse ofício do Sr. Prefeito Municipal que foi lido e que deverá ser
votado. Inclusive, no Processo do Ver. Isaac Ainhorn, há uma Declaração de Voto
bastante forte que diz que o Projeto é ilegal e eu estava examinando exatamente
esta Declaração de Voto, quando, efetivamente, entrou esse Requerimento do Sr.
Prefeito Municipal, que tem, na minha opinião, prioridade, eis que a Casa está
sob a égide do art. 44 para esse Projeto e que, efetivamente, traz uma certa
preocupação à Mesa, ao menos para mim, tendo em vista que S. Exa., o Sr.
Prefeito Municipal, informa que o pedido que ele faz, uma vez que a criação de
cargos proposta na época está incluída no Plano de Carreira dos Funcionários
Públicos Municipais, que vai ser votado na quarta-feira.
O SR.
CLÓVIS BRUM (Requerimento): Requeiro,
nos termos regimentais, verificação de “quorum”, para que pudéssemos votar essa
proposta que V. Exa. apresenta ao Plenário.
O SR.
PRESIDENTE: Solicito à Sra. 1ª
Secretária que proceda à verificação de “quorum”.
A SRA.
1ª SECRETÁRIA: (Procede à verificação
de “quorum”.) Há 12 Vereadores em Plenário, Sr. Presidente. Não há “quorum”.
O SR.
PRESIDENTE: Não havendo “quorum” para
a continuidade dos trabalhos da presente Sessão, registram-se as presenças dos
Vereadores Aranha Filho, Artur Zanella, Caio Lustosa, Clóvis Brum, Elói
Guimarães, Frederico Barbosa, Gladis Mantelli, Jorge Goularte, Mano José, Nereu
D’Ávila, Werner Becker e Wilton Araújo.
Lembro ao
Ver. Jorge Goularte que, infelizmente, não foi possível a leitura do seu
Requerimento referente ao art. 44, mas que a mesma será feita na quarta-feira,
para votação na sexta-feira do Projeto do Comércio Livre, denominado a antítese
do “Sábado Inglês”.
(Levanta-se a
Sessão às 15h12min.)
* * * * *